Cheguei de férias com o coração ainda mais ardido em relação ao Haiti. Tenho feito leituras que compartilharei a seu tempo aqui neste blog com informações históricas e reflexões na perspectiva missiológica da contribuição que creio ser relevante da igreja brasileira na reconstrução das bases daquela nação.
Fico pensando que não podemos nos apeguenar diante desse grande desafio que é fazer-nos presentes em um contexto de tragédias tão gigantescas e periclitantes! Sei que alguns dos meus leitores devem estar se perguntando se não temos aqui no Brasil situações caóticas semelhantes ao Haiti. E eu digo, categoricamente: NÃO.
Ainda que, ainda estejamos no ritual macabro de contagem de mortos na Região Serrana aqui no Rio, não podemos nos esquecer que o nosso Brasil tem um governo eleito democraticamente, possui instituições de defesa dos moradores em contextos de tragédias e também uma cultura bem forte de soerguimento moral e espiritual. Não é o que o que encontramos no Haiti! Lá, os pastores tem de abrigar em suas barracas (nem sempre eles tem casas) crianças abandonadas, a alimentação é bem frugal, o governo é ausente e corrupto, e a bandidagem faz do estilo de vida haitiano como de alguém acostumado a viver numa "terra sem lei"! O relato parece perturbadamente sincero, mas as linhas não poderiam ser outras! Somente uma intervenção especial do Senhor pode desconstruir uma identidade bandida estacionanda na elite haitiana que já vendeu litros do próprio sangue haitiano para abastecer bancos de sangue europeus!
A igreja do Brasil não pode estar assentada confabulando sobre suas construções e esbanjando orgulho por suas denominações cada vez mais carcumidas pelo pragmatismo e pelo discurso "politicamente correto", é hora de uma postura mais aguerrida, mais verdadeira, mais no estilo de "vergonha na cara". Temos de lidar com os desafios missionários como única expressão da missão verdadeira da igreja, e não como algo que temos de fazer porque não encontramos outra coisa para ocupar a nossa agenda.
Quero, e nessa fala eu destaco a minha observação ao contexto de minha denominação, Convenção Batista Brasileira, corroborar com a opinião de Aloisio Freitas, aqui do meu estado do Rio de Janeiro que, numa seção do "O Jornal Batista", de 30/01/2011 salienta que o tema "meio ambiente" (tema dos batistas brasileiros em 2011) é importante, mas não é fundamental. Em sua fala, saliento essa porção: "Portanto, primordialmente, a preocupação denominacional, sempre deverá ser com evangelização e missões. Salve o homem e as demandas ambientais serão resolvidas. Preocupar-se com o meio ambiente é importante, mas preocupar-se com a alma perdida é fundamental."
Estou fechado com a opinião do meu irmão! Pode ser interessante no aspecto mercadológico falar de ecologia nesse tempo, mas não podemos nos esquecer que a preocupaçao principal da igreja não é de preservação do meio ambiente, embora esse tema deva ter preocupação secundária na nossa missão, mas sim, o que é mais importante é a salvação da alma humana aqui no Brasil e no mundo inteiro. Missões é a coisa mais importante.
Por isso, um convite: vamos participar com a nossa igreja aqui em Angra e outras igrejas e obreiros parceiros de um mutirão missionário no Haiti na segunda quinzena de agosto desse ano! Me mande um email (ezequias@ibacen.com.br) e vamos persistir em considerar a coisa importante (missões) como a coisa mais importante de nossa missão!